LITURGIA DIÁRIA

25/02/2016 13:30

DIA 25 DE FEVEREIRO - QUINTA-FEIRA

II SEMANA DA QUARESMA 
(ROXO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:

Provai-me, ó Deus, e conhecei meus pensamentos: vede se ando pela vereda do mal e conduzi-me no caminho da eternidade (Sl 138,23s).

Oração do dia

Ó Deus, que mamais e restaurais a inocência, orientai para vós os corações dos vossos filhos e filhas, para que, renovados, pelo vosso Espírito, sejamos firmes na fé e eficientes nas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Jeremias 17,5-10)

Leitura do livro do profeta Jeremais.
17 5 Eis o que diz o Senhor: “Maldito o homem que confia em outro homem, que da carne faz o seu apoio e cujo coração vive distante do Senhor!
6 Assemelha-se ao cardo da charneca e nem percebe a chegada do bom tempo, habitando o solo calcinado do deserto, terra salobra em que ninguém reside.
7 Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.
8 Assemelha-se à árvore plantada perto da água, que estende as raízes para o arroio; se vier o calor, ela não temerá, e sua folhagem continuará verdejante; não a inquieta a seca de um ano, pois ela continua a produzir frutos.
9 Nada mais ardiloso e irremediavelmente mau que o coração. Quem o poderá compreender?
10 Eu, porém, que sou o Senhor, sondo os corações e escruto os rins, a fim de recompensar a cada um segundo o seu comportamento e os frutos de suas ações”.
Palavra do Senhor.

Salmo responsorial 1

É feliz quem a Deus se confia!

 

Feliz é todo aquele que não anda

conforme os conselhos dos perversos;

que não entra no caminho dos malvados

nem junto aos zombadores vai sentar-se;

mas encontra seu prazer na lei de Deus

e a medita, dia e noite, sem cessar.

 

Eis que ele é semelhante a uma árvore

que à beira da torrente está plantada;

ela sempre dá seus frutos a seu tempo

e jamais as suas folhas vão murchar.

Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.

 

Mas bem outra é a sorte dos perversos.

Ao contrário, são iguais à palha seca

espalhada e dispersada pelo vento.

Pois Deus vigia o caminho dos eleitos,

mas a estrada dos malvados leva á morte.

Evangelho (Lucas 16,19-31)

Glória a Cristo, palavra eterna do Pai que é amor!

Felizes os que observam a palavra do Senhor, de reto coração; e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Lc 8,15)

 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: 16 19 “Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho finíssimo, e que todos os dias se banqueteava e se regalava.
20 Havia também um mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à porta do rico.
21 Ele avidamente desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico. Até os cães iam lamber-lhe as chagas.
22 Ora, aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.
23 E estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio.
24 Gritou, então: ‘Pai Abraão, compadece-te de mim e manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou cruelmente atormentado nestas chamas’.
25 Abraão, porém, replicou: ‘Filho, lembra-te de que recebeste teus bens em vida, mas Lázaro, males; por isso ele agora aqui é consolado, mas tu estás em tormento.
26 Além de tudo, há entre nós e vós um grande abismo, de maneira que, os que querem passar daqui para vós, não o podem, nem os de lá passar para cá’.
27 O rico disse: ‘Rogo-te então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos,
28 para lhes testemunhar, que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos’.
29 Abraão respondeu: ‘Eles lá têm Moisés e os profetas; ouçam-nos!’
30 O rico replicou: ‘Não, pai Abraão; mas se for a eles algum dos mortos, arrepender-se-ão’.
31 Abraão respondeu-lhe: ‘Se não ouvirem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos’”.
Palavra da Salvação.

Reflexão

Esta narrativa (Lc 16, 19-31) ilumina de maneira interpelante o que diz respeito à nossa conduta e nos remete à consciência que preside as nossas escolhas, o nosso jeito de viver. Sobretudo, de viver diante dos pobres e sofredores.  Este Evangelho nos remete ao tão cantado canto do advento: "Deus ama os pobres e se fez pobre também; desceu a terra e fez pousada em Belém".

            Quando nós ouvimos esta passagem não estamos absolutamente fazendo comparação entre vida boa e vida ruim, vida boa nesta tempo e vida ruim no outro tempo e vice-versa. Na verdade, a grande mensagem deste texto é:  não podemos viver a nossa vida fechados sobre nós mesmos, cegos diante do sofrimento e da dor dos irmãos e irmãs. Esta cegueira é que estabelece o grande abismo entre o coração de Deus e o coração do maligno.

            Nós precisamos entrar no coração de Deus. Para isto, é necessário enxergarmos a vida, a realidade com clareza. E os olhos para enxergar a clarividência da realidade não pode ser tão somente os nossos, são os do Pai de misericórdia.

            Cada um de nós temos de ter responsabilidade com a nossa própria conduta. Não podemos viver de maneira irresponsável, sem regras, descuidados da Palavra de Deus, fazendo somente aquilo que nos convém.

            Papa Francisco ao lançar para os cristãos o Ano Santo da Misericórdia, ele quer que compreendamos que há um caminho para o coração de Deus: a misericórdia.

            Contudo, é preciso escutar Deus; é preciso temor a Deus. O rico descrito no Evangelho foi para onde foi por falta de escuta e temor. Não o escutava, não o temia, portanto, não assumia seus preceitos.

Por Padre Iran Gomes Brito.

 

Sobre as oferendas

Ó Deus, por este sacrifício santificai nossa Quaresma, de modo que sua observância externa possa frutificar em nossos corações. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da comunhão:

Felizes aqueles cuja vida é pura, os que andam na lei do Senhor! (Sl 118,1)

Depois da comunhão

Ó Deus, que esta eucaristia continue a agir em nós e prolongue seus efeitos em nossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.